O ANJO E A MENINA..
Assim continuei minha jornada, a procura daquela mulher, não
sei se será longa, aprenderei com tudo que vier.
Tão logo atravesso a estrada bem na esquina, ouço um choro com
voz de menina.
Sentada a rua com balas em sua mão, moedas e notas
espalhadas ao chão.
Ola menina eu posso ajudar?
Sim senhor, por favor, me ajude a levantar.
Então menininha por que choras tanto assim?
Por que sou bem baixinha e ninguém abre o vidro pra mim.
Observando realmente ela tinha razão, os motoristas ali a
frente não tinha compaixão.
Há cobri com minhas asas e sem ela perceber, lhe dei todo
meu encanto e pedi a deus o merecer.
Logo parou um casal com um carro esportivo, ele lendo jornal
e ela com um celular dirigindo.
Quando olhou a criança o vidro se abriu, a menina correu na esperança
de uma ajuda que nunca viu.
A moca recolhe moedas e o homem não para de me olhar, a
menina sorri acenando orgulhosa por ser ajudada, mas não sabe ela que ela e
quem esta mais ajudando.
O homem grita com a moca, dizendo em seu rancor, que eu
exploro a menina e uso o dinheiro a meu favor.
A moça com generosidade e ignorância, enrolou o dinheiro em
sua mão e jogou a distancia.
Eu vendo aquela cena mesmo sem querer, vejo o quanto trago
problemas se usar o meu poder.
Posso lhe abrir os olhos, mas não o seu coração, algo que
vem de espírito se não for seu não tem solução.
Imagine aquela criança no sol a trabalhar, já perdendo a esperança
novamente volta a chorar.
Deus me deu tanta força, sabedoria e poder.
Mas do que isso adianta se o ser humano minha ajuda não merecer.
Peguei ela no colo, sentindo seu coraçãozinho tão forte
bater, novamente sem querer eu uso meu poder.
Ela vai se acalmando e sua sacola vazia já pesada dizia, o
quanto ela ganhara naquele dia.
A menina sem entender que mesmo as moedas ali espalhadas já não
havia mais há recolher.
Seus pés descalços haviam sandálias, sua roupa nova a que
ela tanto sonhara.
Assim me despedi e em seu rosto feliz já não havia lagrimas.
Tentou erguer sua sacola e logo não conseguiu, gritando ela
se espantava quando abriu, pois ali estavam mais de trinta mil, em notas e
moedas que se espalhavam.
Ao dar alguns passos houve um tremor, já descia um anjo
amigo e logo me informou.
HANIEL meu irmão o que queres fazer? Já que desceu ate o
chão para que usas seu poder?
Sabes que isso e trapaça e assim não podes ensinar.
Envergonhas sua raça se dobrando a esses mortais, deixe que
vejam a desgraça para que aprendam com nossos pais.
Meu amigo estas errado se estou aqui ao chão e por que algo
pode ser mudado.
Imagine se não houvesse perdão? Seria DEUS e o desesperado
cara a cara pai, filho e irmão fugindo de si mesmo para não ser julgado.
Há HANIEL não sejas tolo volte comigo para o céu, só por
causa de uma menina e uma moça o homem vai mudar o seu papel?
Eles criam armas e drogas, só pensam em riqueza e poder, você
acha que ganha esta guerra? Onde muitos tentaram vencer.
Calma meu amigo não estou aqui pra julgar, vim apenas tentar
entender o que La de cima não pode ver sentir e por isso saber.
Ok se assim prefere então já não posso te ajudar, cuidado ao
usar seu poder, pois deve saber que só vai se enfraquecer e pode não conseguir
mais se transformar.
Já imaginou aqui neste mundo preso por castigo divino? Seria
um absurdo um anjo ter este destino.
Não se preocupe, não mais usarei meu poder, já imaginei de
tudo menos neste mundo viver.
Então já vou meu amigo, pois o céu e meu abrigo então escute
o que digo para este não merecer.
Ainda caminhando pelas ruas, o céu começa a nublar, minha
busca continua.
Mas no momento preciso de abrigo, corro riscos de doenças terrenas,
posso ser divino mas aqui minha imunidade e bem pequena.
Aproximo-me de uma casinha abandonada, um lugar bem
afastado, apenas um cão a guarda, me acompanha ate a varanda abanando a calda.
CONTINUA....
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